Uma garota buscando seu rumo, seu destino. Uma família que tenta entrar nos eixos. Uma história com início, mas o fim... ainda buscamos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Capítulo 14 - Interrogatório

Alguns instantes depois Tia Mad já estava ao meu lado, dois policiais nos levaram até em casa e prometeram voltar depois para fazer um interrogatório. Contei á ela tudo que eu havia constatado na ambulância. Ela ficou apavorada, mas acreditava assim como eu, que papai devia estar envolvido nisso. Alice estava em estado de choque, e por mais que tentássemos acalmá-la, ela não parava de chorar. Tia Mad deu um calmante á ela, e ainda demorou muito até que dormisse.
Titia ligou para o hospital, perguntando como Chris estava. Parecia que ele estava bem, e ia sair logo. Segundo os policiais, os homens que eu vi na estação haviam levado Chris á uma rua deserta, e o agrediram. Saíram, e deixaram-no jogado na calçada com um bilhete. A moça do hospital disse a Tia Mad que os policiais haviam saído dali a pouco tempo, e que viriam pra cá, trazendo o bilhete, e também para fazer algumas perguntas. Ela perguntou também por Tio Ben, a moça disse que ele estava sob efeito de sedativos, por causa da dor, mas ia se recuperar. Demoraria um pouco mais do que Chris para ter alta, mas seu estado já era estável.
Falei a Titia que eu precisava ir até a casa da mamãe e descobrir afinal o que estava acontecendo. Eu só precisava saber o que aconteceu com as cartas, e porque aquele amigo do papai tinha feito isso com Chris.
Tia Mad imediatamente se posicionou contra. Depois do que aconteceu ela me proibiu terminantemente de sair de casa por tempo indeterminado. Isso atrapalharia muito meus planos, vi que talvez essa fosse a hora de pôr em prática algumas coisas que mamãe não havia me ensinado, mas que eu aprendi depois de algum tempo convivendo com papai. Mas meus planos precisavam mesmo esperar, os policiais estavam tocando a campainha.
Eles entraram, e Tia Mad os ofereceu café e biscoitos, bastante acolhedora como sempre. Sentaram-se no sofá, a nossa frente e começaram a perguntar muitas coisas. Tia Mad me pediu que contasse á eles com detalhes tudo que havia acontecido na noite anterior á nossa viajem, e também tudo que havia constatado sobre os homens da estação. Não disse á eles sobre meus planos de ir até mamãe, e Titia também não tocou no assunto. Eles recomendaram que nenhuma de nós saísse de casa, e deixaram um policial á nossa disposição, para o caso de precisarmos de alguma coisa.
Realmente, seria bem difícil sair de casa sem que Tia Mad, nem o policial me vissem. Mas eu precisava fazer isso o quanto antes.

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