Uma garota buscando seu rumo, seu destino. Uma família que tenta entrar nos eixos. Uma história com início, mas o fim... ainda buscamos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Capítulo 12 - O Desespero

Tio Ben abriu a porta e sentou-se a nossa frente no sofá.
Ok crianças, vamos para a nova aventura de vocês! A nave está pronta!”. Algumas risadas tímidas seguiram a piada de Tio Ben, ele bem que tentou disfarçar a tensão, mas ela estava no ar. Era tão forte que quase chegava a ser palpável.
Entramos no carro, já estava ligado. Uma leve nuvem de sereno cobria a noite. Saímos pela estrada, não havia absolutamente ninguém na rua, provavelmente a estação também estaria quase vazia. Ao dobrarmos em uma esquina, já próximos á estação, percebi um carro escuro logo atrás. Eu não conheço muito sobre carros, mas aquele parecia ser bem caro. Não se via nada através dos vidros, e a noite escura também não ajudava.
Chegamos á estação e, como eu previa, pouquíssimas pessoas estavam lá, a maior parte já estava dentro do trem. Descemos do carro e pegamos a bagagem. Chris olhou em volta com uma ruga de preocupação na testa, parecia que ele sentia o mesmo que eu, um pouco de alegria, misturado com o medo de sempre.
Ele pediu que eu entrasse no trem, disse que logo entraria, só iria terminar de descarregar as bagagens junto com Tio Ben. Eu dei um abraço nele e fui me despedir do Tio, abracei-o fortemente, ele correspondeu.
“Nos deseje sorte, vamos precisar. Sinto que não será fácil tirar mamãe de lá.”, pedi á ele.
“Claro minha querida, boa sorte. Use de todos os seus encantos e truques para convencer Caroline, ela sempre cede aos encantos dos filhos não é mesmo!” Tio Ben sempre espirituoso.
Eu subi, e me sentei perto de uma janela, pela qual podia ver Chris colocando as malas no trem.
Ouvi um barulho muito forte, Chris se levantou para olhar pra trás. O fiscal do trem correu para dentro, e as portas do trem se fecharam. Uma agitação começou, as poucas pessoas que estavam ali, gritavam e corriam apavoradas. Tio Ben estava caído no chão, havia sangue em volta dele. Chris correu até o local, se ajoelhou ao seu lado.
Eu queria descer, eu estava em pânico. O fiscal me segurou com força. Meu Deus eu precisava ir até lá!
De repente um homem de casaco preto veio até Chris, logo atrás dele outros dois, igualmente bem vestidos com ternos pretos trataram de pegar Chris pelos braços e o levaram até o carro preto que nos segui á pouco tempo atrás pelas ruas da cidade. O que eu poderia fazer agora?
Meu desespero tomou conta de mim, percebi que a voz do fiscal ficava cada vez mais distante, as coisas pareciam confusas, eu não via mais nada. O que estava acontecendo comigo...

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